Paraná

MST reúne-se com ministro do Desenvolvimento Agrário

13 jun 2002 às 18:23

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná reuniram-se nesta quinta-feira com o ministro do Desenvolvimento Agrário, José Abrão, para expor as reivindicações do movimento no Estado. Os trabalhadores expuseram quatro blocos de reivindicações e o ministro prometeu atender ou dar uma nova resposta daqui a dez dias.

"Foi uma reunião diferente pois raramente nós temos a oportunidade de conversar diretamente com o ministro", afirmou José Damasceno, membro da direção estadual do MST. Ele explicou que basicamente a mesma pauta de reivindicações existe há dois anos e que até agora pouca coisa foi feita. "Pedimos também ao ministro para cobrar a meta de assentamentos do Incra no Paraná, que é de 4,2 mil famílias". Segundo Damasceno, no ritmo em que estão sendo feitos, os assentamentos dificilmente atenderão a mais que mil famílias neste ano.
O primeiro ponto apresentado ao ministro foi o pedido para uma solução imediata, por desapropriação ou compra de quatro áreas ocupadas, as fazendas Araupel, em Quedas do Iguaçu, que tem 800 famílias; a Fazenda Sete Mil, em Jardim Alegre, na região Centro-Oeste, com 850 famílias; a Cajati, em Cascavel, com 350 famílias; e a Água de Prata, em Querência do Norte, com 39 famílias.


O segundo ponto das reivindicações apresentadas foi o de fornecer áreas em caráter provisório para 800 famílias de sem-terra que estão hoje acampados na beira de rodovias ou em centros comunitários. O terceiro ponto foi o pedido de finalizar em caráter imediato os assentamentos São Luís, em Mariluz, Mitacoré, em São Miguel do Iguaçu, e Perpétuo Socorro, em Santa Maria do Oeste. ''São áreas que precisam de pouca coisa para serem concluídas'', explicou Damasceno.


Por fim, o último ponto apresentado foi o pedido para que não seja feita nenhuma ação de despejo pelo governo do Paraná em todas as áreas ocupadas do Estado, onde estão quase cinco mil famílias de sem-terra. O ministro deu garantias que não haverá desocupação enquanto continuar a negociação.


*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina

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