Cinco dias depois de terem ocupado a Fazenda Santa Alice, localizada no município de Cornélio Procópio, cerca de 300 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram retiradas do local.
A reintegração de posse foi executada na manhã de quinta-feira com a presença de um oficial de justiça e apoio de um efetivo de quase 500 policiais militares da região.
Viaturas das polícias Militar e Ambiental e do Corpo de Bombeiros estiveram no local. Apesar do aparato policial, a reintegração foi pacífica e rápida. Em menos de uma hora após a abordagem da polícia aos assentados, a maioria das famílias já estava com os pertences prontos para a retirada.
As famílias se alojaram nas casas da própria fazenda. Os integrantes do MST, segundo os policiais, teriam ''convidado'' os funcionários da fazenda a fazer parte do movimento, mas quando viram que nenhum deles aceitaram o convite, permitiram a saída de todos sem problemas. Um arrendatário da fazenda chegou a dar um boi para os sem-terra fazerem um churrasco. Restos do animal, como pele e cabeça, estavam jogados pelas fazenda.
Em meio às mudanças, galinhas, porcos e cães, foram levados em ônibus e caminhões providenciados pelos donos da área. A maioria das famílias seria levada para áreas do Incra nos municípios de Congonhinhas e Jacarezinho.
A Fazenda Santa Alice fica a 25 km da área urbana de Cornélio Procópio e pertence às irmãs Dorothy Quagliato Cézar e Beatriz Egreja, moradoras em Santa Cruz do Rio Pardo (SP). As duas já haviam conseguido a ordem de reintegração de posse há cinco dias, quando ocorreu a invasão.
Folha de Londrina