Curitiba O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná propôs 48 denúncias contra 62 pessoas, entre diretores, membros do Conselho de Administração e membros do Conselho Fiscal do Banestado, por crimes de gestão fraudulenta e por fazer inserir elemento falso ou emitir elemento exigido pela legislação em demonstrativos contábeis de instituição financeira. Entre os denunciados estão os ex-presidentes do Banco do Estado do Paraná Domingos de Tarço Murta Ramalho e Manoel Campinha Garcia Cid, o ex-presidente do Conselho do Banco do Estado do Paraná, Giovani Gionédis, e o ex-secretário de Estado da Fazenda, Miguel Salomão. As denúncias foram enviadas à Justiça Federal na última sexta-feira.
As operações financeiras irregulares foram realizadas no período entre 1991 e 1999 e teriam beneficiados 107 empresas, segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal. A maioria dessas operações foram empréstimos que provocaram prejuízo ao Banestado. O MPF não soube informar ontem o prejuízo total causado nessas operações.
Todas as investigações sobre as 48 denúncias tiveram como base documentos encaminhados à Procuradoria da República no Paraná pelo Banco Central, em 149 volumes.
Ainda segundo o MPF, as operações envolveram clientes com restrições cadastrais ou dados cadastrais incompletos e sem garantias (ou garantias insuficientes) e empréstimos acima dos limites estipulados pelo banco. Os denunciados também são acusados de renovar operações de recuperação duvidosa, com incorporação de encargos e sem reforço de garantias, evitando a transferência para ''Créditos em Atraso'' e ''Créditos em Liquidação''. Tal procedimento permitiu que a instituição se mantivesse enquadrada, artificiosamente, nos limites operacionais da Resolução n.º 2.099, de 17/08/1994, do Conselho Monetário Nacional (''instituições financeiras estão obrigadas a manter um patrimônio líquido compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos'').
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