O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça das Fundações e do Terceiro Setor, do Ministério Público do Paraná, alerta para que as pessoas tenham especial cautela diante de pedidos de doações a entidades assistenciais e filantrópicas feitos via telemarketing, tendo em vista notícias da atuação criminosa de algumas entidades e pessoas, que se utilizam da boa-fé dos doadores, apropriando-se dos recursos arrecadados, em benefício próprio.
Recentemente, em Maringá, por exemplo, policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) desarticularam uma falsa entidade filantrópica que atuava desde 2006 na região, utilizando o CNPJ de uma oficina mecânica.
O Centro de Apoio orienta que, antes de fazer a doação, os interessados em colaborar procurem conhecer a entidade e verificar se ela realmente existe e funciona, e se o trabalho corresponde à finalidade para a qual foi criada.
Outra dica é verificar se a entidade está inscrita nos conselhos estaduais e municipais de políticas públicas, como conselhos da Criança e do Adolescente, de Assistência Social, de Saúde, do Idoso, da Pessoa Portadora de Deficiência, entre outros. "Esse cadastramento não é obrigatório, mas dá alguma segurança em relação à idoneidade dessas instituições", afirma a coordenadora do CAOP, Isabel Cláudia Guerreiro. "A doação material ou de dinheiro é um exercício de solidariedade, e há entidades sérias que atuam em políticas sociais, mas é salutar que essas doações sejam direcionadas a instituições idôneas".