O Ministério Público entrou com um processo contra o promotor Fuad Faraj, de Ponta Grossa, acusando-o de "incitação à desordem e "falta de urbanidade". A representação foi acatada pela Corregedoria Geral e foi assinada pelo governador Roberto Requião (PMDB) e pelo Procurador Geral do Estado, Sérgio Boto de Lacerda.
De acordo com a rádio CBN, a medida pretende afastar o promotor das discussões jurídicas sobre o fechamento do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
No texto do documento, o governo cita o episódio em que funcionários da secretaria estadual de Ciência e Tecnologia estiveram na universidade para iniciar a transferência dos alunos do curso de Medicina. Neste dia, os estudantes protestaram e fizeram uma passeata.
Para o governo, o promotor estimulou a manifestação e apoiou até o esvaziamento de pneus dos carros do governo. Por sua vez, Fuad Faraj disse que as acusações são caluniosas e afirmou que a honra do governador valeria menos que a vida de qualquer pessoa. Faraj diz que o fechamento do curso prejudicou o projeto de construção de um hospital regional.
O promotor deve vir a Curitiba na segunda-feira para dar esclarecimentos à corregedoria. O curso de Medicina foi suspenso por um decreto do governador em maio. Em seguida, Faraj entrou com uma Ação Civil Pública contra o Estado pela reabertura do curso.