Paraná

Motoristas e cobradores de Curitiba têm até as 15h de sábado para decidir volta ao trabalho

28 fev 2014 às 19:39

A desembargadora Ana Carolina Zaina, do Tribunal do Trabalho da 9ª Região, deu prazo até as 15 horas deste sábado (1º) para que os cobradores e motoristas de ônibus de Curitiba e Rede Integrada de Transporte (RIT) se manifestem sobre a negociação salarial da categoria.

A sugestão do TRT foi de manter a data-base em 1º de fevereiro, conceder reajuste de 9,28%, abono de R$ 300 e reajuste de 10,5% na cesta básica. Caso os trabalhadores não aceitem, a magistrada encaminhará a demanda para dissídio coletivo. A decisão foi tomada na terceira reunião de conciliação entre trabalhadores e empresas, que durou quase cinco horas.


O advogado Carlos Eduardo Santiago, representante do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp), disse que as companhias aceitam não descontar os dias parados, desde que a nova proposta seja aprovada em assembleia e que os motoristas e cobradores voltem ao trabalho. A classe patronal disse ainda assegurar as demais cláusulas da convenção coletiva.


Em nota, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), afirmou que considerou fundamental a decisão da Justiça do Trabalho de antecipar a audiência, inicialmente marcada para o dia 6 de março.''A preocupação da administração municipal era garantir a retomada do atendimento para a população''. Para auxiliar no transporte dos passageiros, o Executivo municipal disponibilizou ontem 818 veículos, sendo 512 carros particulares e 304 da frota oficial.


Valor do reajuste

Na ata da audiência, o Tribunal Regional do Trabalho estipulou o aumento em 9,28%, sendo 5,26% do INPC, índice que corrige a inflação, e 3,82% de aumento real. A soma, no entanto, totaliza 9,08%. O TRT-PR foi procurado pela reportagem para explicar a diferença na soma, mas ninguém foi encontrado para comentar. O advogado Elias Mattar Assad, que representa o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), não soube informar o motivo do desencontro entre os números. "Vale o que está na ata", afirmou.


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