Paraná

Motoristas e cobradores de Curitiba podem entrar em greve

25 fev 2014 às 14:19

Os motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba podem entrar em greve a partir das 00h desta quarta-feira (26). Um impasse nas negociações para o aumento salarial da categoria levou os funcionários das empresas de transporte público optarem pela paralisação. Uma assembleia da categoria está marcada para as 20 horas desta terça-feira (25), quando a greve pode ser deflagrada.

Um indicativo de greve foi anunciado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) durante audiência da categoria na Superintendência Regional do Trabalho na capital, no dia 19 de fevereiro, com membros do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região (Setransp), além da presença da Urbs (Urbanização de Curitiba).


A categoria pleiteia aumento de 16% nos vencimentos dos motoristas, além de 22% nos salários dos cobradores de ônibus. Atualmente os motoristas ganham R$ 1.670, enquanto o salário dos cobradores está em R$ 940.


O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, diz que as negociações se arrastam há três meses, sem qualquer contra-proposta dos empresários, que oferecem apenas a reposição das perdas inflacionárias medidas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). "Na assembleia será discutida essa questão. O indicativo de greve está aberto e, se a categoria entender pela greve, vamos parar na quarta-feira".


Por meio de nota, o Setransp informou que mantém as negociações, mas diz que os aumentos pleiteados pelos motoristas, cobradores e demais funcionários das empresas, caso atendidos, representariam aumento de, em geral, 30%. Os valores, no entendimento do sindicato patronal, jamais teriam sido negociados no País.

De acordo com o Setransp, as dificuldades pelas quais passa o sistema de transporte da capital, além de disposições contratuais, dificultam avanços nas negociações. "As empresas de ônibus compreendem as reivindicações dos funcionários e informam que estão cumprindo a risca o contrato quando da indicação de aplicação do INPC a fim de garantir os índices tarifários, não onerando ainda mais o sistema", diz a nota enviada à imprensa.


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