Elvis Correia Lopes, 18 anos, que dirigia o Passat (ABU 1116) que caiu em uma valeta no Bairro Parolin, no último domingo, durante chuva forte, foi interrogado nesta quinta-feira na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), responsável pela investigação.
Segundo o delegado titular, Marcos Vinícius Michelotto, os adolescentes teriam saído comemorar o aniversário de Janaína Alexandra de França -que continua desaparecida- beberam e estavam em alta velocidade quando o condutor não venceu a curva e caiu na valeta. Elvis foi indiciado por homicídio culposo e por dirigir sob efeito de bebida alcoólica (artigo 306 do Código Nacional de Trânsito).
O pai dele, José Correia Lopes, 60 anos, disse já ter comparecido no 8º Distrito Policial, ao Dedetran, e, inclusive à Delegacia de Furtos e Roubos, ocasião em que ele registrou um boletim de que seu carro havia sido roubado. ''Nós não sabíamos que Elvis havia saído com o carro. Logo eu pensei que tinham roubado, pois eu não o vi na garagem. Então registrei um boletim'', conta o pai. José também afirma não ter visto o filho desde o dia do acidente. ''Ele apenas apareceu em casa de madrugada, me mostrou um boletim de ocorrência e um outro do Bptran, e me disse: seu carro se foi'', lamenta o pai. Ele ainda conta que o filho estaria prestando exames, nesta semana, para retirar a carteira de habilitação.
A delegacia ouviu ainda a declaração do pai de Léia Cristina Oliveira Gomes -a outra adolescente cujo corpo já foi localizado- de José Correia, e, de Jair José da Luz, o padrasto de Janaína. A delegacia investiga ainda boatos de testemunhas que dizem ter visto Janaína saindo do Canal Belém. ''Há grandes possibilidades dela estar viva'', disse o delegado. O pai de Elvis diz ter tomado conhecimento, através do pai de Janaína que o visitou acompanhado de um policial, que a menina era namorada dele (Elvis). O pai do condutor diz ainda ter ouvido do filho que nehhuma das três pessoas que estavam com ele eram conhecidas.
Segundo o escrivão da delegacia, Rogério Athayde, o pai de Janaína, que é catador de papel e mora no Bairro Parolin, não tem esperanças da filha ser encontrada com vida. O Corpo de Bombeiros retomou as buscas nesta quinta-feira pela manhã, e, até a noite, o corpo da adolescente ainda não havia sido encontrado. ''Nós recebemos durante o dia uma denúncia anônima de que havia um corpo, porém, o fato não foi confirmado'', disse o 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros.