Paraná

Moradores acusam Guarda Municipal de agir com violência

15 ago 2007 às 10:36

Moradores das Moradias Sambaqui, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, acusam a Guarda Municipal de ter agido com violência, nesta terça-feira, ao desocupar um terreno que havia sido invadido na última semana.

Segundo os moradores, quatro pessoas ficaram feridas na ação, sendo que uma delas chegou a ser detida por desacato. A prefeitura, por sua vez, nega que tenha havido violência e afirma que o terreno foi desocupado porque nele será construído um Centro de Referência da Assistência Social (Cras).


Maria das Graças de Souza, da liderança comunitária do bairro, afirma que desde 2005 tramitava um pedido para que a prefeitura cedesse o terreno para a construção da sede da associação de moradores. Segundo ela, o pedido já havia sido aprovado por vários órgãos da prefeitura, faltando apenas a liberação do departamento jurídico da Fundação de Ação Social (FAS) da prefeitura.


Mas, na semana passada, os moradores receberam a informação que a FAS teria voltado atrás e não cederia mais o terreno. Para tentar mantê-lo em poder dos moradores, na última sexta-feira foi erguido um barraco e uma família passou a morar no local. A atitude fez com que, a prefeitura mobilizasse alguns funcionários, escoltados por dez guardas municipais, para desocupar a área.


De acordo com os moradores, os guardas teriam agido com violência. Quatro pessoas teriam sido feridas, incluindo uma adolescente de 17 anos. Uma mulher foi detida por desacato, sendo libertada no começo da tarde.


Em nota oficial, a Prefeitura de Curitiba afirmou que o terreno ''não foi cedido para nenhuma das associações de moradores que representam aquela comunidade''. Disse ainda que, para beneficiar ''a todos e não somente a uma das associações'', um Cras será construído no terreno. No local a população terá acesso a cursos, palestras e atendimento social em geral.

A assessoria de imprensa da prefeitura negou também que qualquer um dos guardas tenha agredido algum morador. Segunda a assessoria, o único incidente foi mesmo a detenção de uma moradora, que teria tentado impedir a desocupação.


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