Preocupados com a possível repercussão, tanto o monitor como o diretor militar do Colégio, também policial, teriam procurado a equipe de psicólogos, pedagogos e assistentes sociais que atuam no município, solicitando que o ocorrido não fosse levado ao conhecimento do Ministério Público. Os agentes também teriam pedido à secretária de Assistência Social para que “amenizasse” o relato sobre os crimes à Promotoria de Justiça.
Quanto ao diretor do Colégio Militar, o Ministério Público justifica que o policial não teria tomado as medidas necessárias ao descobrir as ações do monitor, além de tentar evitar a punição de seu subordinado. Somados a esses dois crimes, de corrupção passiva e prevaricação, o órgão ainda alega o crime de ameaça, visto que , em conversa com a secretária da Assistência Social de Imbituva, teria afirmado que “ficou sabendo que já teve um caso de uma criança da Casa Lar tacar fogo no carro do conselho, que 'Deus o livre' se fizer isso com meu carro, ainda bem que não tenho porte de arma”, insinuando, segundo o Ministério Público, que o adolescente poderia morrer, com um tiro, caso ele tivesse uma arma.