Os 14 maiores supermercadistas e redes de supermercados de Curitiba e região foram convocados a participar de uma audiência pública nesta quinta-feira (24), às 14 horas, na subsede do Ministério Público do Paraná (Rua Marechal Floriano Peixoto, nº 1251 – Rebouças), para apresentar soluções para o problema das sacolas plásticas distribuídas pelos estabelecimentos.
O passivo ambiental gerado pelos supermercados do Estado mensalmente é de cerca de 80 milhões de sacolas. Esse material, em sua maioria, acaba nos aterros ou lixões dos municípios e, muitas vezes, em rios e terrenos baldios das cidades, causando grave problema ambiental, já que o plástico comum tem um longo período para decomposição, que pode chegar a 500 anos.
O objetivo do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, que convocou a reunião, juntamente com a Secretaria de Estado da área (SEMA), é verificar quais providências os supermercados pretendem adotar para atenuar este problema ambiental e qual o cronograma para esses projetos.
Uma das opções que se apresentam aos supermercadistas é a adoção das sacolas oxi-biodegradáveis, feitas de material que se decompõe sem a necessidade de ser enterrado, apenas pela atuação da temperatura, sol, vento e outras variáveis naturais. Sua desintegração ocorre muito mais rápido do que os plásticos comuns, em no máximo em 18 meses.
Modelo maringaense
Em fevereiro (dia 5), o procurador de Justiça Saint-Clair Honorato Santos participou do lançamento do projeto "Sacolas Ecológicas", da Fundação Verde, organização não governamental do terceiro setor criada em 1999, em Maringá, com o objetivo de incentivar práticas de preservação, recuperação e educação ambiental. A meta do projeto, que deve se estender para outras cidades do País, é propiciar a troca de sacos e sacolas plásticas por sacos oxi-biodegradáveis. O projeto tem como parceiros a Prefeitura de Maringá, o Ministério Público, IAP, Polícia Ambiental, Associação Comercial e Associação dos Supermercadistas do Norte do Paraná.
Na ocasião, o prefeito municipal, Silvio Barros II, assinou o decreto 122/2007. Esse dispositivo determinou a todos os órgãos municipais, diretos e indiretos, que utilizem, apenas sacos de lixo oxi-biodegradáveis. A prefeitura utiliza 500 mil sacos de lixo por ano.
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério Público do Paraná