Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se mobilizaram em protesto na praça de pedágio de Arapongas, na BR-369, na região metropolitana de Londrina, na manhã desta quinta-feira (19). Além disso, membros do movimento que residem em um assentamento entre o distrito de Lerroville, em Londrina, e o município de Tamarana protestaram na rodovia PR-445.
A praça de pedágio de Arapongas foi tomada pelos manifestantes por volta das 9h, com liberação das cancelas e consequente acesso livre dos motoristas pelo trecho. Até as 17h o tráfego continuava liberado e os motoristas passavam sem pagar tarifa.
Já no protesto na PR-445, durante a tarde desta quinta os manifestantes fechavam a estrada por uma hora e liberavam os carros por meia hora. Ambulâncias e veículos de saúde eram os únicos autorizados a passar.
Viaturas da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) acompanharam a movimentação dos manifestantes, que liberaram apenas a passagem de ambulâncias ou veículos com cargas perecíveis. Não houve registros de confusão entre a polícia e a organização do protesto, que contava com cerca de 300 pessoas. Moradores do Assentamento Eli Vive participaram e reivindicavam junto com os demais membros.
Os protestos fazem parte da série de mobilizações encabeçadas pelo MST, que são contrários à decisão de desocupar a Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do Paraná.
Além do protesto na praça de pedágio de Arapongas e na PR-445, em Londrina, nesta manhã o MST protestou na BR-277, em Laranjeiras do Sul e na Praça de pedágio da BR-376, em Mandaguari.
Segundo informações da PRF, às 20h o movimento encerrou as manifestações, na BR-277, em Nova Laranjeiras; nas praças de pedágio na BR-369, em Arapongas; e na BR-376, em Mandaguari. O motivo divulgado pela assessoria de imprensa do MST, é que o movimento conseguiu agendar uma reunião com o governador para a próxima segunda-feira (23), para tratar de sua pauta de reivindicações.
Entenda
A fazenda foi ocupada no dia 18 de março pela justificativa de que o dono da propriedade seria um dos investigados na Operação Lava Jato. Os advogados do proprietário alegam que a justificativa é inválida, já que o cliente não está entre os investigados.
Dois dias após a ocupação, foi expedida a ordem de reintegração de posse, estabelecendo um prazo de 48 horas para que o local fosse desocupado. (com informações da repórter Viviani Costa, da Folha de Londrina)
(Matéria atualizada às 21h15)