Mais de 100 dias sem chuvas significativas no Paraná e podemos perceber um maior número de espirros, tosses e alergias em geral na população. Na estação da seca há um aumento de até 40% na incidência de doenças respiratórias, principalmente as alérgicas como asma, rinite, resfriados, gripe, entre outras.
"Esse crescimento pode ser explicado por diversos fatores: a umidade relativa do ar muito baixa; o próprio frio, que funciona como um irritante para as vias aéreas de algumas pessoas e a inversão térmica, que é responsável pelo acúmulo maior de poluentes na atmosfera; afirma Dr. Roberto Rodrigues Junior, pneumologista do Laboratório Pasteur/ Diagnósticos da América - DASA.
A resposta alérgica é uma reação de hipersensibilidade do organismo quando as pessoas que são sensíveis com determinadas situações entram em contato com agentes desencadeantes chamados alérgenos, que provocam uma crise de doença alérgica. "Dentre os alérgenos mais conhecidos destacam-se a poeira domiciliar, ácaros, epitélios de animais, baratas, fungos, polens, além de agentes irritantes como fumo e poluentes", acrescenta o pneumologista.
A asma é caracterizada pela presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível das vias aéreas tendo como manifestações clínicas principais tosse, falta de ar, chiado no peito, dor ou aperto no peito. A rinossinusite alérgica, mais conhecida como rinite, é uma inflamação do nariz e estruturas adjacentes ocasionada pela exposição aos alergenos caracterizada por espirros em salva, coriza, prurido nasal e congestão nasal.
Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética influenciadas por fatores ambientais. A bronquite consiste em termo, mais genérico, que significa inflamação dos brônquios, podendo ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. No nosso país, a população freqüentemente chama de bronquite o que na verdade é asma. Da mesma forma a sinusite é a inflamação dos seios da face apresentando diversos agentes infecciosos desencadeantes. "Normalmente, a sensibilização aos fatores alérgicos já acontece na infância", conclui Dr. Rodrigues Junior.
Como tentar evitar alergias
· Forre colchão e travesseiro com capa impermeável;
· Retire tapetes e carpetes da casa, principalmente do quarto do paciente;
· Limpe a mobília da casa com pano úmido com freqüência superior a uma vez por semana;
· Retire as cortinas substituindo-as por persianas que são facilmente limpas com pano úmido ou em caso de cortinas de tecido leve, lave-as a cada 15 dias no máximo;
· Mantenha sempre a casa arejada e ensolarada;
· Evite estofados recobertos com tecido;
· Os aspiradores de pó utilizados devem possuir filtro HEPA;
· Evite ter animais de pêlo como cão, gato e outros ou evite a presença dos mesmos dentro de casa ou no quarto do paciente;
· Não fume dentro de casa;
· Cobertores devem ser substituídos por edredons que possam ser lavados quinzenalmente;
· Evite, no quarto do paciente, objetos que acumulem poeira como livros, revistas, brinquedos de pelúcia, caixas e quadros;
· Evite cheiros fortes no domicílio como de tintas, solventes, inseticidas e produtos de limpeza.
* Com informações do Laboratório Pasteur e da DASA - Diagnósticos da América S.A.