Paraná

Mãe de sem-terra morta pede mais pressa à polícia

23 jun 2006 às 17:48

No último domingo (18), uma das coordenadoras do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) de Cascavel, Jocélia de Oliveira Costa, 31 anos, foi assassinada a tiros em um acampamento às margens da BR-369, na região Oeste do Paraná. A filha dela, Emanuele de Souza, de 5 anos, também morreu, com pancadas na cabeça.

Nesta sexta-feira (23), a mãe de Jocélia, Francisca Gonçalves, pediu que a polícia se empenhe para encontrar e punir os responsáveis pela "crueldade" o mais rápido possível. "Quero Justiça", afirmou. Segundo ela, o outro filho da sem-terra, de 12 anos, está escondido. A família teme que ele seja assassinado.


"Meu neto só não foi morto porque, quando começou o tiroteio, se escondeu debaixo da cama. Como estava muito escuro dentro do barraco, ele só ouviu os gritos, mas não sabe dizer quem estava no local", contou Francisca Gonçalves.


De acordo com as investigações, o assassinato da coordenadora do MLST pode ter sido motivado por uma disputa pela liderança do movimento. Paulo Rodrigues de Lima, um dos suspeitos, já teria se desentendido anteriormente com Jocélia por interesse no comando do acampamento.


O Ministério Público já deu o parecer favorável à decretação das prisões dos suspeitos e agora o pedido está sendo analisado pela 3ª Vara Criminal da cidade. Os suspeitos estão sendo procurados no Paraguai, onde possuem parentes.

Fonte: Agência Brasil


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