Um procedimento inédito em Londrina conseguiu atrasar o nascimento prematuro de um bebê. Vítima de uma ascite não-imune (acumulação de líquido no abdome), a menina Bruna nasceu no último dia 21, após 33 semanas de gestação, graças à realização de punções e drenagens intra-uterinas para retirar o líquido de sua barriga. Se as intervenções não fossem realizadas, ela nasceria com 25 semanas, correndo risco de não sobreviver.
As punções começaram a ser feitas em São Paulo pelo médico Eduardo Isfer, especialista em medicina fetal. Ele também tentou colocar um dreno na cavidade abdominal para permitir o desenvolvimento normal de Bruna, mas os reflexos do bebê acabaram por deslocar o equipamento. Como no final da gestação as viagens à capital paulista se tornaram arriscadas, a mãe de Bruna, Raquel Rinaldi Batistão, optou por realizar o procedimento em Londrina.
A ascite pode prejudicar o desenvolvimento pulmonar do bebê, comprimir estruturas vizinhas, causar descompensação cardíaca e até levar a óbito. É uma ocorrência muita rara e pode ser determinada por várias causas.
Leia mais em reportagem de Carolina Avansini na edição desta sexta-feira na Folha de Londrina/Folha do Paraná