Paraná

Lixo eletrônico vira presépio e árvore de Natal

23 dez 2010 às 19:37

Uma árvore Natal e um presépio, construídos com lixo eletrônico – mouses, CDs, DVDs, monitores, teclados, carcaças de computadores e aparelhos celulares, cartuchos, fitas, baterias, chips, disquetes e ventiladores –, estão em exposição na Agência dos Correios, no Centro de Curitiba. A iniciativa é fruto de uma parceria da Agência Curitiba de Desenvolvimento, da Prefeitura de Curitiba, com o Instituto Brasileiro de Eco-Tecnologia (Biet).

No projeto, empresas que participam dos programas ISS Tecnológico e Curitiba Tecnoparque, da Agência Curitiba, doam resíduos tecnológicos para o Instituto Biet e transformam lixo eletrônico em arte. E o que era lixo eletrônico deu origem a uma grande árvore de Natal e um presépio na Agência dos Correios, da Avenida Marechal Deodoro. O objetivo do projeto educativo é dar um destino final adequado ao lixo eletrônico produzido pelas empresas do programa Curitiba Tecnoparque.


"A exposição é uma forma de despertar a sociedade para a discussão sobre o destino de carcaças e resíduos eletrônicos, além de ajudar a criar uma nova cultura nas novas gerações", afirma o diretor-presidente da Agência Curitiba, Juraci Barbosa Sobrinho. "Mais uma vez Curitiba mostra a capacidade de inovação alertando a população. A preocupação da Agência Curitiba está no tratamento e na destinação do resíduo tecnológico de toda a atividade econômica, agregando assim ainda mais valor à preocupação da cidade com a sustentabilidade ambiental", completou.

Todo material que chega ao instituto Biet passa por uma triagem para verificar se os equipamentos ainda estão em funcionamento. "Temos o compromisso de dar o destino correto para o lixo eletrônico", afirmou o engenheiro civil do Biet, Maurício Beltrão Fraletti. "Esses componentes viraram lixo, que contém diversos elementos químicos e substâncias que podem causar sérios danos ambientais. Ao mesmo tempo, são fonte de metais preciosos, como o ouro, que pode ser reaproveitado, se desenvolvermos uma tecnologia nacional adequada", explicou.


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