Paraná

Lerner anuncia nesta quinta-feira o destino do Fórum inacabado

06 dez 2000 às 20:20

O governador Jaime Lerner (PFL) e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sydney Zappa, anunciam às 11 horas desta quinta-feira, no Palácio Iguaçu, a solução para o esqueleto de concreto do Fórum de Curitiba. Lerner recebeu relatório da Secretaria de Obras do Estado que admite a construção de um novo Fórum atrás do Tribunal de Contas, implosão, ou o aproveitamento parcial da estrutura, abandonada há nove anos no Centro Cívico.

A análise encomendada pelo governador prevê também novas acomodações para o Judiciário e o Ministério Público da Capital. Juízes e promotores ficariam nos edifícios Caetano Munhoz da Rocha, Afonso Camargo e Castelo Branco, no Centro Cívico, onde estão hoje as secretarias de Segurança Pública, Justiça, Administração e repartições de segundo escalão. As secretarias seriam transferidas para o ex-conglomerado administrativo do Banestado.


Conclusão do prédio do Banco Central, localizado na Avenida Cândido de Abreu, a cerca de 400 metros do Fórum inacabado, é outra alternativa mencionada no estudo. Para ser entregue ao Poder Judiciário, o governo do Estado teria de negociar com o governo federal para terminar a obra de seis andares.


Exigiria investimentos de R$ 18,2 milhões até ficar pronto. O edifício deveria ser a sede do BC, em Curitiba, mas a construção foi abandonada há dois anos, desde que a administração na Região Sul foi transferida para Porto Alegre.


Em valores atualizados, o estudo cita que a conclusão do Fórum abandonado alcançaria R$ 40 milhões. Caso o governo opte pelo aproveitamento parcial da estrutura, o custo baixa para R$ 14,4 milhões. A quantia seria suficiente para concluir metade dos 12 andares do Fórum. O restante dos pavimentos seria removido. O estudo estima ainda que uma possível implosão vai custar R$ 268 mil aos cofres públicos.


De acordo com a avalição que chegou às mãos do governador, a construção de dois prédios nos fundos do Tribunal de Contas, na Rua Mário de Barros, custaria R$ 19,2 milhões. O projeto original foi feito para abrigar o Ministério Público. No entanto, os engenheiros da Secretaria de Obras garantem que podem acomodar nos seis andares de cada edifício as instalações do Poder Judiciário.

Lerner mandou realizar o estudo depois de apelos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que defende a derrubada do prédio. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) entrou no debate para defender que a estrutura de concreto pode ser reaproveitada.


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