Dezenas de garrafas de leite cru vêm sendo comercializadas de forma clandestina diariamente nas dependências da Ceasa, em Curitiba. O leite é vendido em garrafas de refrigerante PET, de 2 litros, sem qualquer refrigeração. Os produtores que trazem as verduras e legumes que são comercializados na Pedra (local onde o produtor negocia diretamente a sua produção) aproveitam e trazem o leite, vendido por R$ 1,00 a garrafa.
Para o professor da Universidade Federal do Paraná e médico veterinário, Newton Ribas, a venda de leite clandestino é um atentado à Saúde Pública. ""A redução no consumo desse tipo de produto passa pela educação do povo que não sabe que esse tipo de leite já foi rejeitado pela indústria, pelo alto índice de contaminação"", afirmou.
Trata-se de um leite cujos índices de contagem bacteriana e do uso de antibióticos são elevados. ""Como esse produto é penalizado na indústria, vai para a rua"", destacou.
Ribas lembra ao consumidor ainda que em função do elevado índice de bactérias e coliformes fecais, esse leite provoca diarréias e contaminação de brucelose e tuberculose. Para o veterinário essa falta de higiene e venda de leite em condições inadequadas é um problema sério que ainda persiste na periferia das grandes cidades.
O leite indicado para o consumo humano precisa ser ordenhado em local adequado e a temperatura recomendadaa para o transporte do produto é de 4ºC.