Vários julgamentos que geraram comoção no Estado vêm sendo realizados neste início de ano. Depois da absolvição do policial militar Bruno Zangirolami de ter matado Gabriel Sartori em Londrina, na segunda-feira (21), outro julgamento que será realizado nos próximos dias será o do policial militar Rodolfo Assolari Moreira da Silva. Ele enfrenta na quinta-feira (24) o Tribunal do Júri na Vara Criminal de Andirá pela morte do vendedor autônomo David Vinicius Carrascal, que tinha 22 anos na época.
O episódio ocorreu no centro de Itambaracá (Norte Pioneiro) no dia 28 de maio de 2017. Segundo a versão apresentada pelo policial militar na época, a morte ocorreu durante uma blitz de trânsito e Carrascal teria desobedecido a uma ordem de parada durante a suposta fiscalização. De acordo com a família, Carrascal se envolveu em um acidente que acabou resultando no atropelamento de um policial militar e o vendedor foi executado com um tiro na cabeça ao tentar prestar atendimento ao policial.
Segundo a mãe de Carrascal, a faxineira Veralda Rosângela Albino, 45, seu filho estava usando capacete, estava com a documentação em dia e estava todo regular, no entanto ele acabou atropelando um policial por acidente. “O colega dele alegou que ele tinha atirado para poder se proteger, se defender. Mas se fosse assim ele deveria ter atirado de frente e não pelas costas. Ele esperou o meu filho passar para poder dar o tiro”, argumentou.
“Em um dos depoimentos foi informado pela PM que meu filho estava com uma arma, mas ele não estava com arma alguma. Meu filho era muito trabalhador, nunca teve passagem pela polícia. Nos mercados em que ele trabalhou todo mundo sabe que ele era um trabalhador. Ele só estava passeando de moto com um colega”, ressaltou.
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