Termina neste sábado o julgamento de três dos sete acusados de terem matado o menino Evandro Ramos Caetano, de seis anos, num suposto ritual de magia negra, no dia 7 de abril de 1992, em Guaratuba, no litoral paranaense.
Estão sendo julgados desde segunda-feira os pais-de-santo Osvaldo Marcineiro (único réu preso) e Vicente de Paula Ferreira e o ajudante de terreiro Davi dos Santos Soares.
Os últimos depoimentos da última sexta-feira foram os de Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do então prefeito Aldo Abagge e que foram apontadas pelo Ministério Público (MP) estadual como as mandantes do crime.
As duas, que chegaram a ser absolvidas no julgamento mais longo do País, que durou 34 dias, reafirmaram ontem que confessaram o crime depois de terem sido ''barbaramente'' torturadas.
Celina foi a última a depor. Ela negou que tenha frequentado o terreiro de Marcineiro. Disse que não tinha qualquer relacionamento com eles e que jamais pediu para que fizesse qualquer tipo de trabalho espiritual para ela ou para alguém de sua família.
Entretanto, ela admitiu que a filha era frequentadora do terreiro de umbanda. ''Ela era muito mística e espiritualista. Frequentava o terreiro contra a minha vontade'', afirmou ela.
No dia do sequestro do menino, dia 6 de abril, Beatriz estaria com os pais-de-santo. ''Ela foi no terreiro deles aquele dia. Ela ia fazer orações. Acho que ia. Estou confusa com datas'', rememorou.
Beatriz havia adotado um casal de gêmeos e estava abrindo um abrigo para crianças pouco antes da prisão. Ela contou que conheceu os réus três meses antes do desaparecimento de Evandro.
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