A declaração do suposto líder de uma quadrilha de roubos de cargas, Mário Fogassa, em entrevista a TV Bandeirantes na última quarta-feira, não terá qualquer peso no procedimento administrativo instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil contra os delegados Armando Garcia e Margareth Motta e o superintendente Hélcio Piasseta, da Estelionato e Desvio de Cargas, em Curitiba. Eles foram acusados em ação do Ministério Público (MP) de facilitar a atuação do bando, mediante pagamento de propina. Na entrevista à emissora de TV, Fogassa inocenta os policiais de envolvimento com a quadrilha.
O corregedor Adauto Abreu de Oliveira garantiu, nesta quinta-feira, que o único documento oficial é a gravação de conversas telefônicas entre Fogassa e os delegados - anexadas à ação movida pelo MP - e, por isso, vai continuar investigando o envolvimento dos policiais com a quadrilha.
A Corregedoria instaurou procedimento administrativo, também, contra o delegado-geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro. Fogassa teria pedido ao delegado o afastamento da delegada Margareth do caso de apreensão de uma carga de jaquetas. Estão sendo apurados, ainda, o envolvimento de policiais na expedição de três carteiras de identidade que Fogassa possuía, quem autorizou o porte de arma para o quadrilheiro e quem cedeu armas da polícia ao deputado Carlos Simões (PTB), já que, segundo Abreu, cargas de armas foram apreendidas numa chácara do parlamentar. O que Abreu apurou até agora é que uma investigadora da Delegacia de Armas e Munições teria cedido o armamento a Simões.
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