Paraná

INSS entra em greve por tempo indeterminado

07 ago 2001 às 19:07

Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) começam nesta quarta-feira em todo o País uma greve por tempo indeterminado. A expectativa é que, no Paraná, o primeiro dia do movimento atinja todos os seis postos do INSS de Curitiba, dois de Londrina, um em Foz do Iguaçu e um em Cascavel, os mesmos que aderiram à greve de advertência da categoria, realizada entre 17 e 19 de julho.

A indicação do movimento é que apenas os casos de perícia médica pré-agendadas sejam atendidos durante a greve. A superintendência do INSS, no entanto, espera atender pelo menos os pedidos de auxílio-doença, que correspondem a 70% dos benefícios solicitados e têm prazos rígidos para concessão.


A greve dos funcionários do Ministério da Saúde e Previdência não é um movimento isolado. Em plenária nacional realizada neste final de semana em Brasília, os funcionários públicos federais decidiram deflagrar uma greve unificada a partir do dia 22 de agosto. Os técnico-administrativos das universidades federais - como é o caso dos servidores da Universidade federal do Paraná e Hospital de Clínicas - também já estão parados desde o dia 25.


"Aos poucos vamos estender a paralisação até parar todos os 40 postos do INSS existentes no Paraná", disse o secretário de organização do Sindicato dos Servidores da Previdência e Saúde (Sindiprevs), Hélio de Jesus. A superintendência do INSS não tem previsão dos serviços que a greve deve afetar. Segudno a supervisora de benefícios do Instituto, Maria de Castro, cerca de 200 pessoas são atendidas diariamente nos postos. Nos três dias de greve de advertência, segundo ela, a adesão foi de 90% dos funcionários do Estado e cerca de 7,5 mil pessoas deixaram de ser atendidas, sendo 5,4 mil só em Curitiba.

Algumas reivindicações são comuns a todos os servidores federais, entre elas a reposição das perdas salariais de 75,48% nos últimos sete anos; manutenção da gratificação de atividade executiva (GAE) de 12,5%; realização de concurso público pelo regime jurídico único e não contratação pela CLT, como quer o governo federal; e garantia dos mesmos direitos para aposentados. Os funcionários da Previdência também reivindicam a manutenção e extensão do adiantamento do Plano de Cargos e Salários. Atualmente, de acordo com o Sindiprevs, só 23 mil dos 150 mil funcionários do Ministério da Saúde e 23 mil dos 60 mil funcionários da Previdência recebem este benefício.


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