O Inquérito Policial Militar que investiga o envolvimento de 13 policiais militares com a morte de cinco pessoas, no bairro Alto da Glória, em Curitiba, no último dia 10 de setembro, deve ser concluído em 10 dias. De acordo com o comandante-geral da PMPR, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, a finalização da investigação depende principalmente de alguns laudos do Instituto de Criminalística.
Um desses laudos que será incluído no inquérito policial é o da reconstituição do crime. Policiais militares e peritos do Instituto de Criminalística realizaram a diligência na noite de quinta-feira (05) a partir das 22 horas. O mesmo laudo também será incluído na investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que corre paralelamente a pedido da Secretaria da Segurança Pública.
Somente com a conclusão dos inquéritos da PM e do MP será possível determinar se os policiais envolvidos irão responder criminalmente pelas mortes na Justiça comum. Eles continuam detidos em local que não será divulgado por questões de segurança.
INVESTIGAÇÕES - A Polícia Militar do Paraná deteve na última sexta-feira (30) 12 policiais da corporação acusados de envolvimento na morte de cinco jovens, no último dia 10 de setembro. As detenções foram pedidas pela própria Polícia Militar depois de investigar os fatos através de um inquérito policial militar instaurado pelo Comando do Policiamento da Capital. O 13º policial envolvido com o crime, que estava foragido, se apresentou no domingo (01) e foi detido.
Segundo as investigações, na noite do dia 10 de setembro equipes do 20° BPM localizaram um veículo furtado com cinco pessoas e iniciaram uma perseguição. Quando estavam na Rua Nicolau Maeder, no bairro Alto Glória, bateram o carro. De acordo com o IPM, os cinco jovens estavam feridos, teriam se rendido aos policiais que os algemaram e colocaram na viatura. Ao contrário da versão repassada pelos PMs, os rapazes não teriam atirado contra a polícia. O aparelho rastreador implantado nas viaturas da PM pela Secretaria da Segurança demonstrou também que as viaturas seguiram primeiro para um matagal no bairro Santa Cândida e só depois foram ao Hospital Cajuru, aonde chegaram com os cinco rapazes mortos.