A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) foi condenada nesta semana pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região a pagar indenização por danos morais à tripulação de um avião da Vasp que, em agosto de 2000, foi sequestrado em pleno vôo, no Paraná.
Os cinco integrantes da tripulação - piloto, co-piloto e três comissários de bordo - deverão receber, cada um, R$ 20 mil, valor da época, que deverá ser corrigido.
Segundo a assessoria de imprensa do TRF, o vôo 280 da Vasp partiu, no dia 16 de agosto de 2000, de Foz do Iguaçu com destino a Curitiba. Durante a viagem, os passageiros e tripulantes do Boeing 737-200 foram rendidos por cinco homens fortemente armados, que invadiram a cabine de comando e obrigaram o piloto a alterar a rota, pousando no aeroporto de Porecatu.
Após roubar R$ 5 milhões que estavam sendo transportados no vôo (com destino ao Banco do Brasil), o bando, que teria como líder Marcelo Borelli, fugiu. Segundo a tripulação, que ingressou com a ação de indenização, o fato causou abalo psíquico intenso em todos e poderia ter sido evitado se a vistoria dos passageiros e da bagagem fosse efetivada adequadamente pela Infraero.
Borelli, considerado um dos maiores assaltantes do Paraná e apontado como líder do assalto, morreu em janeiro deste ano, em um presídio da região metropolitana de Curitiba. Segundo o TRF, a Infraero ainda pode recorrer da decisão.
Folha de Londrina