Paraná

IAP divulga hoje análise sobre efluentes no Iraí

16 ago 2001 às 09:46
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulga hoje os primeiros resultados das análises dos efluentes de indústrias instaladas na região da Barragem do Iraí. De acordo com o coordenador executivo da Diretoria de Controle de Recursos Ambientais do IAP, Luis Bolicenha, as empresas podem ser multadas se elas estiverem fora dos padrões de tratamento. Das 22 indústrias visitadas por fiscais do instituto, 12 tiveram amostras dos resíduos recolhidas para exames.
Uma análise do IAP nos rios que abastecem a represa mostrou que os efluentes de empresas e o esgoto de loteamentos da região estão aumentando a quantidade de nutrientes como o fósforo e nitrogênio. Eles servem de alimento às algas encontradas na barragem, que abastece 70% de Curitiba e região metropolitana. Em 12 pontos analisados a quantidade de nutrientes está acima dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Para cinco desses pontos o IAP determinou ações emergenciais por estarem com índices mais altos. Eles estão localizados nos rios Canguiri, Timbu e em um córrego que passa atrás da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Outros rios com grande quantidade de nutrientes são Curralinho e Serrado.
De acordo com a coordenadora de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Ana Cecília Nowacki, se medidas de emergência não forem tomadas "pode haver comprometimento da qualidade da água." A primeira medida é a adequação dos sistemas de tratamento de esgoto da Sanepar. As prefeituras da região foram notificadas a trabalharem no saneamento ambiental. Na terça-feira, a Sanepar anunciou que irá investir cerca de R$ 7 milhões até o final do ano em obras emergenciais, entre elas o combate aos esgotos clandestinos.
O IAP também fez exames da água do reservatório. Em três dos seis pontos analisados, o índice de nutrientes e algas está alto.

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