O setor de comunicação social do Banco HSBC em São Paulo garantiu que não existe nenhum documento que comprove o envolvimento da instituição em casos de grampos telefônicos contra o Sindicato dos Bancários. A assessoria do banco argumentou que o único documento apresentado por Martins que fala das escutas é falso. "Nos arquivos do HSBC, esse documento não foi localizado e todos os outros documentos que foram apresentados não há um único original."
A direção do banco negou ter patrocinado qualquer ato de espionagem contra o sindicato. "Se o banco tivesse tido acesso à informações privilegiadas dos bancários, como é que o sindicato teria bloqueado várias agências do HSBC em suas mobilizações?", questionou a assessoria. A respeito das ameaças que o ex-sargento disse estar sofrendo e os pedidos de expulsão discutidos na reunião com o MPF em Brasília, a assessoria comunicou que a direção do HSBC não se manifestaria.
Por causa das "grosseiras ofensas contra a imagem do banco", a assessoria do HSBC informou que ingressou com uma denúncia por crime de falsidade ideológica na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, contra o ex-sargento. "O banco não poderia ficar sem dar uma resposta contra denúncias sem nenhum fundamento. A denúncia atingiu a imagem do banco, que trouxe inovações para o País" no sistema bancário, o que acirrou a competitividade no setor, acrescentou a assessoria.
Apesar de negar as acusações, a direção do banco disse que está disposta a colaborar com as investigações no âmbito da nova CPI da Telefonia instalada na Assembléia Legislativa. "Haverá cooperação para dar luz à verdade dos fatos." A assessoria acusou o Sindicato dos Bancários de faturar politicamente com as denúncias. "Tem se falado muito em grampos, mas cadê as fitas? Só dizem que houve grampo. O denunciante não apresentou o produto do crime."