O helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, na tarde do último domingo (2), o salvamento da milésima vítima, atendida durante operações aeromédicas, em Curitiba e Região Metropolitana, desde 2007. O resgate aconteceu em Almirante Tamandaré, a um homem de 43 anos, ferido com uma foice durante uma briga. A aeronave pertence à Divisão de Operações Aéreas (DOA) da PRF e detém, nesse período, a média de um atendimento realizado a cada 40 minutos de vôo.
A base da DOA iniciou as atividades no Paraná em maio de 2007, utilizando o helicóptero modelo americano Bell 407, com a configuração aeromédica. Para a realização dos resgates, foi criada uma parceria com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência - Samu, que disponibiliza um médico e os aparatos necessários para o atendimento à vítima, em cada decolagem. À bordo do helicóptero são montados equipamentos clínicos suficientes para qualquer tipo de emergência, compondo quase que uma verdadeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea.
De acordo com o Dr. Renê Avelleda, neuro-cirurgião que compõe a tripulação da DOA, o emprego do helicóptero no resgate às vítimas é um facilitador para os atendimentos de emergência. "Com a utilização do helicóptero, a chegada no local do acidente e o deslocamento do paciente até o Hospital é agilizado, levando em consideração a "hora-ouro" - definida pelos médicos como o tempo máximo que uma vítima em estado crítico tem para ser atendida." Avelleda afirma ainda que com a UTI aérea, instalada no Bell 407, é possível realizar qualquer procedimento médico de urgência com rapidez.
A aeronave é empregada prioritariamente no salvamento de vítimas em estado grave, mas, atua também em outros salvamentos de emergência e na repressão de crimes de qualquer natureza. Nos 146 dias de atividades realizadas no ano de 2007, a DOA registrou 74 atendimentos de emergência.
Em 2008 e 2009, com mais de 260 dias de operação em cada ano, foram somadas mais 800 pessoas resgatadas. Neste ano, já foram 126 salvamentos, acumulando as 1000 vítimas atendidas.