Paraná

Guarda ajuda mulher a denunciar "golpe do sequestro"

13 jul 2011 às 15:42

Um método de extorsão que já se tornou prática conhecida em todo o país, voltou a ser praticado em Apucarana nesta semana. Por telefone, criminosos ligam aleatoriamente e, com habilidade, tentam convencer a vítima de que raptaram um ente querido, ameaçando matar o "sequestrado" caso a pessoa (vítima) não efetue pagamento de resgate.

A tentativa do golpe foi relatada por um servidor da Prefeitura de Apucarana, que por medida de segurança não quis ser identificado.


"O crimonoso ligou para a minha prima dizendo ter me sequestrado. Mas felizmente ela foi rápida, pediu para uma pessoa próxima ligar no meu celular. Atendi e ela aliviada constatou que era o golpe do sequestro falso", relatou. Ele destacou a importância das pessoas nunca desligarem seus aparelhos celulares, quando necessário, deixarem no máximo no modo de silêncio e vibração. "Se eu tivesse com o telefone desligado, certamente ela entraria em desespero maior e o golpe se concretizaria", acredita.


Com auxílio da Guarda Municipal de Apucarana, mais uma vez os crimonosos não obtiveram êxito. "Uma de nossas equipes, em patrulhamento nas imediações do Bairro Vila Nova II (antiga Cavam), foi abordada por uma moradora de 22 anos. Visivelmente nervosa, ela relatou que havia recebido uma ligação em seu aparelho celular de uma pessoa desconhecida que afirmava estar de posse de sua irmã, e que deveria dirigir-se até um caixa eletrônico para fazer saque de certa quantia em dinheiro para que sua irmã fosse libertada", relata Jefferson Zanon, coordenador operacional da GMA. Orientada pelos guardas e, posteriormente, percebendo que se tratava de trote criminoso, solicitou à guarnição municipal que a conduzisse até a 17ª Subdivisão Policial para que fosse confeccionado um boletim de ocorrência.


Dicas


Há várias maneiras de se evitar cair no golpe do falso sequestro. Embora varie nos detalhes, a história dos golpistas é sempre a mesma. Se o interlocutor for desconhecido, desligue. Não atenda ligações à cobrar e não ajude o bandido dando-lhe informações, tipo, "sua filha sofreu um acidente - A Maria? O que aconteceu com a Maria? O nervosismo faz com que muita gente, sem perceber, acabe passando aos bandidos informações que serão usadas para pressioná-las.


Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos ao telefone. Tanto ou mais do que crianças e empregadas, são as pessoas idosas da família as mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Muitas vezes, por se sentirem sozinhas, elas podem prolongar conversas com desconhecidos e acabar por municiar criminosos, oriente-os sobre a existência deste tipo de crime e, caso se veja em uma situação destas, pare para raciocionar. O pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou seqüestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira.

Segundo a polícia, freqüentemente as vítimas deixam de ligar para o suposto seqüestrado não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a idéia não lhes ocorre. Desobedeça ao bandido. Ligue para o suposto seqüestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, o caso está resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um seqüestrador real fazer essa ameaça é remota – bandidos não vão matar a vítima, e perder seu trunfo, só porque o celular dela tocou. Desconfie de ligações longas, segundo estatísticas da polícia, 90% dos primeiros contatos telefônicos feitos por seqüestradores reais duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas. Se você for acionado em um golpe deste, não deixe de prestar queixa na polícia.


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