Paraná

Guaraqueçaba sedia projeto inovador

12 nov 2000 às 11:53

O Paraná abriga o único projeto de sequestro de carbono que já prevê créditos para uma empresa. Em Guaraqueçaba, no litoral do estado, a Sociedade de Pesquisa da Vida Selvagem (SPVS) comprou um terreno de 7 mil hectares, financiado pela empresa americana Central and South West, uma das maiores operadores de energia dos EUA. O projeto foi intermediado pela organização não-governamental daquele país The Nature Conservacy. A operadora americana gastou US 5,4 milhões pela aquisição da área e desenvolvimento do projeto de preservação.

O projeto paranaense que será apresentado na reunião de Haia prevê a preservação de cerca de 70 km2, na Serra do Itaqui. Nos próximos 40 anos, a SPVS espera investir na área o equivalente hoje a US$ 16 milhões. A previsão é que nesse período sejam retirados da atmosfera 1 milhão de toneladas de carbono. "Por 40 anos, os créditos serão revertidos para Central and South West, que poderá usá-los dentro das metas de despoluição", afirmou a geóloga Alexandra Andrade, da SPVS.


Dentro do financiamento, o projeto da SPVS prevê que o dinheiro seja usada de diversas maneiras, como a restauração florestal de áreas degradadas e o desenvolvimento sustentável no meio rural. "Parte das fazendas compradas, serão refloradas e junto criados programas para estimular as comunidades a viver de modo ecologicamente sustentável", afirmou Alexandra.


O dinheiro também prevê um fundo para que a região seja auto-sustentável, após o termino do convênio. O engenheiro florestal André Ferreti, da SPVS, afirmou que a preservação da área não pode ser encarada como uma mera imobilização de uma grande extensão de terra. "Serão criados projetos de eco-turismo e aberto o local para estudos de fixação de carbono e biomassa", afirmou.

Além de Guaraqueçaba, existe um projeto financiado pela Peugeot, no Mato Grosso, onde foram investidos US$ 12 milhões. E também a empresa de energia inglesa AES BArry investiu US$ 1 milhão com acompra de um terrno na Ilha do Bananal, Tocantins. Nenhm dos dois projetos prevêm o crédito de carbono para as empresas que os financiaram.


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