A greve no Hospital de Clínicas já está prejudicando pessoas que precisam urgentemente de transplante de medula óssea. É o caso de Francisco Costa Neto, de 15 anos, que está internado há uma semana no ambulatório do 4º andar do hospital.
"A vida dele depende o término da greve. Será que o dinheiro é mais importante do que a vida"?, questionou revoltada a mãe de Francisco, Josenice dos Santos, de 39 anos. Ela e o filho moram em Salvador, na Bahia.
"Estou dormindo na Associação de Apoio a Criança com Neoplasia. Não posso levá-lo de volta para casa porque o HC é um dos poucos hospitais do País que faz transplante pelo Sistema Único de Saúde (S.U.S)", contou.
Desavisada, a dona-de-casa Eliete Serafim, de 28 anos, também se deparou com as portas fechadas no maior hospital público do Estado. Ela tinha consulta marcada para o filho recém-nascido que estava com a clavícula fraturada.