Depois de quase sete horas de reuniões, os agentes penitenciários e a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) chegaram a um acordo nesta segunda-feira (25). A pasta se comprometeu a cumprir nove itens da pauta de reivindicações. Entre eles estão a elaboração de um plano de segurança e a reestruturação das unidades, consideradas defasadas. Em contrapartida, o Sindarspen, que representa os profissionais do setor, confirmou a convocação de uma assembleia geral para a próxima quinta-feira, com o objetivo de votar o fim da paralisação, iniciada no último sábado (23). Até lá, os servidores farão operação-padrão, sem prejudicar os serviços essenciais.
A rodada de negociações começou ainda pela manhã, na Sesp, em Curitiba, com a participação do secretário Wagner Mesquita de Oliveira. No período da tarde, as conversas foram retomadas no Complexo Penitenciário de Piraquara (região metropolitana), sob condução do chefe do Departamento de Execução Penal (Depen), Luiz Alberto Cartaxo. Paralelamente, a Sesp conseguiu no Tribunal de Justiça (TJ) uma liminar considerando o movimento ilegal. A peça é assinada pelo desembargador Luiz Mateus de Lima, o mesmo que disse ser abusiva a paralisação dos professores. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 50 mil, a ser aplicada ao Sindarspen.
"Iniciaremos a campanha Marcelo Pinheiro. O Depen, nesse termo de acordo, ratifica e também recomenda aos diretores das unidades que (a mobilização) seja cumprida", afirmou a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski. "Foi convencionado e reconhecido que existe muito pouco agente, muitas responsabilidades e as unidades não têm estrutura para trabalhar. Enquanto não se tem dinheiro nem projeto para cumprir isso, nós faremos os procedimentos de segurança", completou. A campanha leva o nome de um servidor executado em março, dentro do Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava, durante um atentado externo.
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Conforme o sindicato, 95% dos servidores, de 26 estabelecimentos penais do Estado, aderiram à greve. A Sesp, porém, falava em 60%. Por conta do movimento, as visitas aos detentos foram interrompidas, gerando protestos. Na unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), chegou a circular uma carta anônima, atribuída aos detentos, que reclamava da suspensão e ameaçava a realização de motins. A Secretaria disse que, por meio de seu setor de inteligência, monitorava a situação.