O laudo do Instituto de Criminalística do Paraná na fita cassete que conteria a conversa telefônica entre Patrícia Cabral da Silva, 22 anos, e Luiz Carlos Cândido, suspeitos de envolvimento no assalto a um posto de combustível, em Curitiba, concluiu que a gravação não sofreu edições. O resultado da perícia foi encaminhado, na manhã de ontem, ao delegado-titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, responsável pelo inquérito.
Falta, agora, comprovar se as vozes são mesmo de Patrícia e Cândido. Recalcatti informou, em nota da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que a fita cassete será encaminhada para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para confrontar com a voz da jovem. O delegado não precisou em quanto tempo deve ficar pronto esse segundo laudo. Como Cândido continua foragido, não há como fazer a comparação de sua voz com a que está na fita.
A gravação em que os interlocutores falam a respeito do assalto e do suposto pedido de Patrícia para que levasse um tiro (a pretexto de pedir indenização do posto) foi apresentada pelo advogado de Cândido, no início do mês: fato que levou Recalcatti a, também, indiciar a jovem por participação no roubo.
O assalto aconteceu em maio deste ano. Três homens armados levaram cerca de R$ 60 mil, trancando Patrícia, que era funcionária do posto e um frentista, em uma sala. Depois de saírem levando o cofre e computadores, um dos assaltantes voltou e atirou na jovem, atingindo sua barriga. Ela estava no sexto mês de gravidez e, por pouco, o tiro não atingiu o bebê, que nasceu no dia 20 de agosto. Dois dos assaltantes já estão presos.