O governo do Estado tomou uma atitude, no mínimo, criativa para tentar resolver parte do problema de superlotação no sistema prisional do Paraná. Um processo de licitação será realizado para a compra de ''treliches'' (três camas) que serão colocadas em celas de unidades já existentes em Cascavel e Curitiba. A medida deverá ''gerar'' cerca de 500 vagas a mais.
Com as camas, a construção de um anexo em Guarapuava e o início das atividades em unidades de Ponta Grossa e na capital, a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania prevê que, até o final do ano, serão criadas cerca de 1.100 novas vagas. Não entrou nesta conta a construção de uma segunda Casa de Custódia em Londrina, para 400 presos.
Segundo a assessoria do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), a forma como será feita a colocação ainda não foi definida. O que se sabe é que a medida será adotada inicialmente na unidade terceirizada de Cascavel e na Penitenciária Feminina de Curitiba.
Na última terça-feira, na reunião da ''Operação Mãos Limpas'', que discute medidas para melhorar a segurança pública, o secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello, comunicou que estava negociando a adoção do mesmo modelo com a administração terceirizada da unidade em Foz.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, Parzianello destacou que ''a ampliação do sistema penitenciário do Paraná será feito nos próximos três meses''. Além das treliches, o governo autorizou a construção de um anexo com 150 novas vagas ao lado da Penitenciária Industrial de Guarapuava, considerada modelo de ressocialização e capacitação de detentos, e mais 432 vagas serão oferecidas com o início do funcionamento das penitenciárias de Ponta Grossa e Metropolitana de Curitiba.