O governo federal vai incentivar a retomada do papel das Cohabs na política de habitação de interesse social. A informação é da engenheira Emília Correia Lima, diretora do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades.
Ela participa, em Curitiba, dos trabalhos de um grupo de estudos criado pelo Ministério para propor a reestruturação administrativa, econômico-financeira e operacional das companhias habitacionais.
Segundo o site da prefeitura, a Cohab Curitiba foi a primeira a ser visitada pelo grupo, que reúne técnicos da Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira de Cohabs (ABC) e Ministério das Cidades.
Os técnicos vão percorrer as 18 companhias habitacionais que em setembro assinaram um termo de adesão ao convênio firmado entre o Ministério das Cidades e a ABC para reativação das Cohabs, impedidas há mais de 10 anos de contratar financiamentos com recursos do FGTS.
Emília diz que a desarticulação que ocorreu nas Cohabs nos últimos anos só contribuiu para agravar o déficit habitacional no país.
Dados do Ministério das Cidades apontam que 94% do déficit estimado - 6,6 milhões de unidades, segundo um estudo da Fundação João Pinheiro - está concentrado na faixa que vai de um a cinco salários mínimos, justamente o segmento onde as Cohabs atuam.