Paraná

Governo Estadual pode processar o Governo Federal

06 dez 2005 às 17:24

O governador Roberto Requião anunciou nesta terça-feira (6) que pode processar o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o Governo Federal se continuarem a insistir que o Paraná assuma a existência de febre aftosa sem o Estado possuir o vírus ou a doença. A afirmação foi feita durante reunião de governo em Curitiba. As informações são da Agência Estadual de Notícias.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, lembrou que no dia 10 de outubro o Ministério anunciou a existência do foco da doença no Estado vizinho. Pessuti ressaltou que desde do anúncio da doença em Mato Grosso do Sul a Secretaria da Agricultura iniciou o trabalho de monitoramento e rastreamento de todos os animais que entraram no Paraná durante os 60 dias anteriores ao anúncio da existência do vírus naquele estado.


O secretário afirmou ainda que nos últimos 47 dias, desde que foi anunciada a suspeita da doença no Paraná, no dia 21 de outubro, foi colhido e analisado material de animais, e até então, nenhum exame havia atestado aftosa no Paraná. "Estamos numa luta! Depois de todos esses exames, todos os laudos de identificação do vírus são negativos. Por isso, defendemos a posição de que não existe febre aftosa no Paraná", disse.


Diante dos fatos, várias reuniões estão sendo realizadas em Brasília entre lideranças parlamentares de outros Estados. "É inaceitável que o Paraná seja reconhecido como área com febre aftosa", destacou.


Na quinta-feira (1), durante reunião da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Industrializadas (Abiec), o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes comentou o interesse do Ministério em divulgar que o Paraná teria aftosa, mesmo com os resultados negativos dos exames laboratoriais, levando em consideração a origem dos animais.

A reunião foi acompanhada pelo presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne), Péricles Salazar. "Nós não concordamos com a posição do Ministério. E vamos à Justiça se o Ministério não mudar a posição dele", concluiu Pessuti.


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