O clima entre governo do Estado e as concessionárias que exploram o pedágio no Paraná voltou a ficar tenso.
Desta vez, por uma confusão de informações envolvendo datas para o desfecho do imbróglio que virou a cobrança.
Setores do próprio governo garantiam nesta segunda-feira que hoje é o último dia dado às concessionárias para apresentarem uma contra-proposta aos valores de pedágio cobrados no Paraná.
O prazo levado em conta foi o que teria sido dado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, e pelo secretário de Estado dos Transportes, Waldir Pugliesi, aos diretores das concessionárias durante a única reunião realizada entre as partes, há cerca de um mês.
O presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná, João Chiminazzo, não reconhece essa data.
Em entrevista concedida à Folha na semana passada, Chiminazzo disse que uma segundo reunião entre governo e empresas havia sido marcada, mas o governo a cancelou quatro horas antes do horário previsto para o encontro.
O governador argumentou que ''se o Estado tinha alguma dificuldade para manter as estradas, as empresas tinham toda a dificuldade porque emprestaram o até último tostão e estão pagando uma remuneração maior que o custo da operação''.
A ABCR não quis se manifestar sobre o assunto nesta segunda-feira. Segundo a associação, o governo pode romper o contrato com as concessionárias a qualquer momento.
Porém, isso teria um custo de R$ 3 bilhões a título de indenização pelo que já foi investido e ao lucro cessante até o final do contrato.