As despesas de custeio da administração estadual foram reduzidas em 17% no primeiro semestre, superando a meta original, de 15%, estabelecida no começo do ano por determinação do governador Beto Richa. Os cortes foram realizados em despesas de água, luz, telefone, combustível e material de expediente.
Até o final do ano, a economia prevista é de R$ 72 milhões. São recursos que ajuda a reequilibrar as finanças do Estado e geram novos investimentos em obras e serviços para o cidadão paranaense. A determinação do governador é para que todos os recursos economizados até o final do ano sejam direcionados para as áreas prioritárias do Estado, como segurança e educação.
Deste total, cerca de R$ 35 milhões têm destino certo: a área da saúde e a recuperação de estradas. São recursos provenientes da reavaliação dos contratos e convênios assinados no apagar das luzes do governo anterior ou durante o período eleitoral, apesar de proibidos por lei. Todos os processos estão em análise no comitê formado por secretários do governo Beto Richa desde o início do ano.
A redução de gastos também foi significativa nas despesas com viagens de trabalho dos agentes públicos estaduais. De janeiro a maio, o total de gastos em toda a estrutura da administração estadual foi de cerca de R$ 7 milhões, uma média de R$ 1,4 milhão por mês. A média mensal em 2010 foi de R$ 2,1 milhões. Isso significa que a redução obtida chegou a 65% – ou seja, o governo estadual está gastando apenas um terço do que se gastava no ano passado.
A economia também está sendo feita em serviços terceirizados, como a reprografia (fotocópias e impressões). No começo da atual gestão, o contrato do governo com a empresa prestadora de serviço previa o pagamento mensal de R$ 992 mil, referente a uma franquia mensal de 8 milhões de cópias, independente de o governo usar ou não esse volume de serviço. De fato, nunca chegava a usar a franquia inteira. A média era de 6 milhões de cópias, o que resultava num preço médio de R$ 0,15 por unidade.
Com o contrato vencendo no final de janeiro, e a necessidade de manter o serviço funcionando emergencialmente, o governo renegociou as condições com a empresa prestadora, eliminou a franquia, passou a pagar apenas pelo que utiliza, e conseguiu reduzir para R$ 0,11 a unidade, reduzindo o custo mensal para R$ 734 mil e obtendo uma economia mensal de mais de R$ 250 mil.
A economia será ainda maior com a nova licitação, com um custo máximo previsto em R$ 530 mil por mês. O edital está em fase final de elaboração, e demandou estudos técnicos para permitir uma inovação importante: a regionalização da licitação, com oito lotes distribuídos pelo território do Estado, o que permitirá a participação de empresas de menor porte de todas as regiões do Paraná, evitando a concentração do serviço em um único prestador.
O corte de despesas determinado pelo governador ressalvou as áreas sociais da saúde, educação e segurança, por terem atuação diretamente relacionada com o atendimento básico da população (com AEN).