Paraná

Funcionários do HC criticam Ministro da Educação

03 out 2001 às 10:40
Os funcionários técnico-administrativos do Hospital de Clínicas de Curitiba paralisaram parcialmente nesta quarta-feira. Eles estão revoltados com a decisão do Ministro da Educação, Paulo Renato, de suspender o repasse do dinheiro destinado ao pagamento dos salários dos servidores das universidades federais, como repressão à greve iniciada no dia 22 de agosto. O pagamento dos funcionários é sempre feito no segundo dia útil de cada mês.
A medida atinge, inclusive, quem continua trabalhando. A maior parte dos 2.050 funcionários do HC, por força de uma liminar, já havia retomado suas atividades no dia 3 de agosto. Segundo informou o presidente do sindicato que representa a categoria (Sinditest), Antônio Néris, desde o dia 20 de agosto o hospital está com o atendimento normalizado.
Néris, durante a manifestação da manhã desta quarta-feira, criticou a postura do presidente Fernando Henrique Cardoso e a decisão do Ministro da Educação, Paulo Renato de Souza. "O governo não pode brincar com a gente. Primeiro dizem que estão abertos ao diálogo e negociam nosso retorno ao trabalho e depois dizem que não tem conversa", desabafa.
Os servidores do Hospital de Clínicas iniciaram uma paralisação no dia 25 de julho. Uma primeira ordem judicial determinou a manutenção de 30% do quadro de funcionários trabalhando. A segunda liminar obrigou o retorno de todos os servidores ao trabalho.
Até o fim do dia desta quarta-feira, os servidores se reúnem para discutir a paralisação total das atividades.

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