Funcionários da área de limpeza pública de Curitiba podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (26). Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (21), cerca de 600 trabalhadores da Cavo Gestão Ambiental aprovaram o indicativo. Haverá ainda outras duas votações hoje, às 14h e às 16h. De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), Manassés de Oliveira, porém, a tendência é que a proposta patronal seja novamente rejeitada.
Os trabalhadores pedem um reajuste de 20% nos salários e 30% nos benefícios, enquanto a Cavo propõe 8% na folha de pagamento e 9% nos tickets. "A negociação deste ano está sendo uma das mais difíceis. Entregamos a pauta de reivindicações em janeiro. A Cavo teve todo o mês de fevereiro para compor com os sindicatos e trabalhadores, mas a proposta ficou distante dos nossos pedidos", afirmou.
Caso a proposta não aumente, Oliveira estima que 2.000 funcionários, entre varredores e coletores de lixo, cruzem os braços na semana que vem. Além dos reajustes, os profissionais reivindicam mudança no pagamento de quadriênio para anuênio, pagamento de horas extras para escalas aos domingos e fim do trabalho aos sábados para limpeza especial (rios, jardinagem e logradoures públicos).
Procurado pela reportagem, o Grupo Estre, que administra a Cavo, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que até terça-feira pela manhã pretende chegar a um acordo com os trabalhadores, a fim de evitar a paralisação.