A Secretaria de Estado da Justiça deve abrir, no próximo mês, licitação para o fornecimento de refeições para oito penitenciárias paranaenses.
O objetivo da terceirização, de acordo com o governo, é reduzir custos e acabar com risco de utilização dos equipamentos de cozinha, em conflitos entre internos ou em rebeliões.
Segundo o secretário, a terceirização da alimentação trará muitas vantagens para as unidades penais.
"A cozinha do presídio é transformada em centro nervoso quando ocorrem as rebeliões", afirma o secretário Aldo Parzianello, lembrando que, além de facas, os botijões de gás são bombas em potencial na ameaça dos presos.
A terceirização permitirá também que os agentes penitenciários que trabalham nas cozinhas retornem para as funções de vigilância e o espaço destinado a ela e ao almoxarifado sejam transformados em canteiros de obras.
Custos – Os custos com a alimentação produzida dentro do presídio alcançam quase R$ 1 milhão ao mês, fora o desperdício pela escassez de funcionários qualificados para o serviço.
Além de reduzir o desperdício, a preparação em quantidades adequadas diminui o comércio de alimentos entre os internos, acredita a Secretaria.
De acordo com levantamento do governo, para colocar as cozinhas nas condições adequadas, só os reparos físicos consumiriam seis meses de trabalho e estão orçados em R$ 580 mil.
Seria necessária também a aquisição de equipamentos e utensílios, o que representaria um gasto de R$ 1,2 milhão.
"A economia também contribuirá para a operacionalização imediata da Penitenciária de Ponta Grossa e da Penitenciária Metropolitana de Curitiba", diz Parzianello.
A licitação será aberta para todo o país. Devem ser contratadas duas empresas para o fornecimento em Curitiba e uma empresa diferente para cada município do interior que abriga uma unidade penal.