Paraná

Força-Tarefa trabalha para evitar novas enchentes na RMC

04 mai 2010 às 16:03

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, apresentou, na Escola de Governo desta terça-feira (04), os resultados da primeira semana de atividades da força-tarefa para a limpeza e o desassoreamento dos rios Iraí e Palmital – na divisa de Pinhais e Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba) – que transbordaram com as chuvas.

Cerca de oito quilômetros dos rios Iraí, Palmital e canal Água Limpa estão sendo dragados e desassoreados, emergencialmente, para ampliar suas caixas e garantir o escoamento e o fluxo das águas durante o período de cheias. As primeiras máquinas trabalham na área onde ocorre o encontro desses rios, localizados na divisa dos municípios de Pinhais e Piraquara. "Foram retirados entulhos e também grande volume de resíduos acumulado nas margens e no fundo do rio, incluindo pneus e até uma bicicleta", ilustrou o secretário.


Sob a coordenação da Secretaria do Meio Ambiente, participam da força-tarefa representantes da Defesa Civil, Instituto das Águas do Paraná, Sanepar, Codapar, Corpo de Bombeiros e Instituto Ambiental do Paraná (IAP). "As ações emergenciais para controle de cheias integram um processo de reabilitação dos rios urbanos. Eles devem ficar sempre a céu aberto, pois, sepultando o rio, ele reage de forma prejudicial aos ambientes urbanos."


OCUPAÇÃO


O secretário explicou que as inundações são ocasionadas, em sua maioria, devido ao uso desordenado das áreas de várzeas. "As cidades habitam os rios e, nem sempre, esta relação tem sido tranquila. Sabemos que as várzeas têm a função de equilibrar o meio ambiente, bem como conter o processo de cheias. A sua ocupação habitacional e, até mesmo para o turismo, prejudica sua função natural."


Em abril, conforme dados das estações metereológicas do Instituto das Águas do Paraná, a estação Olaria superou o registrado em abril de 1965, 194 milímetros, tomado como maior número desde o início das medições. No mês passado, o volume foi de 205 mililitros, sendo 169 mililitros apenas entre 22 e 26 de abril. "80% do que choveu em abril foram nestes quatro dias. Os fenômenos estão cada vez mais intensos e frequentes", completou o secretário.


PLANOS DIRETORES

O secretário reforçou a importância da aprovação dos planos diretores municipais para evitar ocupações irregulares. "Eles devem incluir novas diretrizes de uso e ocupação do solo, atendendo ainda, as diretrizes de saneamento. Com este documento, os municípios estarão delineando, com apoio técnico, onde estão as áreas em que há possibilidade de construir e também quais são as áreas de risco, em caso de enchentes e desmoronamentos, por exemplo", enfatizou o secretário. Para ele, estas diretrizes devem estar incluídas em projetos de urbanização, que devem incluir também o amento das vazões e as alterações climáticas.


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