O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está instalando uma força-tarefa no Paraná para investigar as ações de uma suposta quadrilha de fraudadores.
O grupo especializado, que contará também com representantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, deve iniciar os trabalhos dentro de um mês.
A superintendência regional do INSS tem recebido muitas denúncias anônimas, acima da média registrada no ano passado, quando a concessão de 179 benefícios irregulares no Paraná resultaram em um rombo de R$ 3,2 milhões ao órgão.
A superintendente do INSS no Paraná, Elizabeth Lobo dos Santos Elpo, está participando de reuniões em Brasília durante toda esta semana.
A assessoria de imprensa do órgão disse que o motivo da viagem não tem relação com a suspeita de fraude no Estado.
De acordo com a assessoria, o INSS tem uma assessoria de pesquisas estratégicas que monitora os valores pagos pelo órgão e promove investigações quando descobre movimentações suspeitas.
Como o número de denúncias que estão chegando à superintendência é muito alto, está sendo instalada uma força-tarefa.
O teor das denúncias também indicaria a existência de uma quadrilha especializada, que atuaria não só no Paraná, mas em outros estados.
Os 179 benefícios irregulares concedidos no ano passado foram descobertos por meio das auditorias internas.
No mês passado, a Polícia Federal prendeu a servidora Neusa Pinto, que trabalhava em uma agência do INSS em Curitiba.
De acordo com informações do Ministério da Previdência, Neusa teria confessado em depoimento que, entre 2000 e 2003, concedeu nove benefícios fictícios de auxílio-doença e teria recebido cerca de R$ 700,00 em cada operação.
Os beneficiários que recebiam os valores do INSS seriam amigos da servidora, ainda segundo informações do ministério.
Os pagamentos dos benefícios fraudados já foram cancelados pela gerência executiva do INSS em Curitiba. Neusa já está em liberdade mas responde a processo administrativo.
Neusa não quis comentar as informações prestadas pelo ministério. Ela apenas disse que é inocente e que não tem relação com nenhuma quadrilha.