Paraná

Força-tarefa do IAT aplica R$ 92 mil em multas por desmatamento e pesca ilegal no Paraná

02 set 2021 às 14:23

O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou o resultado de uma força-tarefa realizada na última semana na Bacia do Rio das Cinzas, no Norte Pioneiro. Foram identificadas 10 irregularidades, resultando em R$ 92 mil em multas por crimes relacionados à pesca e à floresta.


A fiscalização contou com a participação de profissionais de oito Escritórios Regionais do Instituto, de todo o Estado, para verificar o cumprimento da proibição da pesca na Bacia Hidrográfica do Rio das Cinzas e, também, comprovar em campo os alertas de desmatamentos emitidos pela plataforma MapBiomas.


Na Bacia do Rio das Cinzas e seus afluentes, a pesca em todas as suas modalidades está proibida pela Portaria IAT nº. 242/2021, devido, principalmente, à escassez hídrica na região. Já os alertas do MapBiomas são utilizados pelo órgão ambiental estadual na identificação de irregularidades, de forma remota, com uso de georreferenciamento. Assim, os fiscais comprovam os alertas emitidos pela plataforma.


De acordo com o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Góes, três alertas indicavam irregularidades de supressão de vegetação nativa sem autorização do órgão ambiental. “Foi uma força-tarefa importante para a preservação do meio ambiente na região, que sofre bastante as consequências da crise hídrica hoje”, disse.


Crise Hídrica – A Bacia do Rio das Cinzas está entre as que mais apresentam escassez hídrica no momento. O objetivo da restrição à pesca é a proteção e a gestão integrada da biodiversidade local, incluindo peixes e seu habitat.


“Foram apreendidos materiais de pesca nos rios Cinzas e Laranjinhas, sendo eles tarrafas, redes, cordas de espinheis e armadilhas utilizadas para caça de animais silvestres”, informou o chefe regional do IAT em Cornélio Procópio, João Carlos Ferreira.


Em alguns trechos da Bacia do Rio das Cinzas, o nível da água marca 34 centímetros, diante de uma cota média de 90 cm, o que representa 37% da normalidade. Em outro ponto, a diferença do nível do rio é de 82 cm, entre o nível atual e a cota média, ou seja, 33% da normalidade.

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