O governo do Estado trabalha com a estimativa de, até o final deste ano, aumentar em 840 vagas a capacidade do sistema penitenciário. A meta é reduzir o déficit atual de cerca de 1,4 mil presos condenados que deveriam estar em presídios mas que, por falta de espaço, estão em cadeias superlotadas em vários municípios do Estado. O secretário Estadual de Segurança Pública José Tavares vistoriou as obras da Penitenciária Estadual de Piraquara, reiniciadas em outubro depois de oito meses paradas.
Com capacidade para 543 detentos, num terreno de 70 mil metros quadrados, a nova penitenciária está com 80% dos trabalhos concluídos. A expectativa é que as obras sejam concluídas em julho. A transferência de presos, entretanto, só acontecerá no final do ano, depois que a Secretaria viabilizar a terceirização dos serviços administrativos, uma vez que o Estado está impedido de fazer novas constratações, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A penitenciária de Piraquara receberá prioritariamente os condenados que estão nos distritos superlotados de Curitiba, Região Metropolitana e Ponta Grossa. Só nas cadeias de Curitiba, segundo Tavares, existem cerca de 700 presos, sendo 30% já condenados. Já em Ponta Ponta Grossa, dos 120 presos, 35% são condenados. Outra unidade a ser inaugurada em meados de abril é a Penitenciária Industrial de Cascavel, com capacidade para 240 presos.
"Com essas duas unidades, nossa maior prioridade será resolver o problema de Foz do Iguaçu, que tem capacidade para 160 presos, mas tem 400 pessoas", diz o secretário. A cadeia já está sendo ampliada para mais 70 vagas, mas a intenção é construir uma nova prisão no município. Ainda assim, parte dos condenados presos em Foz terão que ser transferidos para as duas penitenciárias de Piraquara e Cascavel.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná deste sábado