O presidente da organização não-governamental (ong) Liga Ambiental, José Álvaro Carneiro, disse que o acidente entre dois caminhões na BR-277 no sábado à tarde, mostra mais uma vez que as empresas como a Ecovia, concessionária do trecho que liga Curitiba a Paranaguá, não estão preparadas para enfrentar emergências.
Carneiro afirma que os últimos acidentes ambientais no Paraná, entre eles o vazamento de óleo da Petrobras no Rio Iguaçu em 16 de julho do ano passado, evidenciam que tanto governo como empresas não têm equipamentos, mão-de-obra capacitada e planos emergenciais para evitar danos à fauna e à flora. E lembra que é preciso que a iniciativa privada se antecipe às mudanças na legislação
e passe a destinar recursos financeiros e estabelecer planos de contingência para evitar desastres.
"Se começarmos a investir agora, dentro de três ou quatro anos estaremos no mesmo nível de países desenvolvidos, onde a necessidade também obrigou a adoção de medidas severas, e teremos produtos e equipamentos adequados", diz.
O ambientalista participou no final de março de um congresso em Tampa, no estado norte-americano da Flórida, onde foram discutidas medidas e controle de acidentes com vazamento de petróleo. Segundo ele, os recentes desastres ambientais colocaram o Brasil no centro das atenções e o ex-astronauta da Nasa, Scott Carpenter, chegou a traçar um paralelo entre os acidentes com a Apolo-13 e a plataforma P-36 da Petrobras, para mostrar que o País precisa urgentemente adotar uma nova política de prevenção.
Leia mais em reportagem de Rosane Henn, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta segunda-feira