Paraná

Fábrica vendia fertilizantes clandestinos no Paraná

04 set 2009 às 16:40

Uma denúncia feita pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná resultou no fechamento de uma fábrica clandestina de fertilizantes, que funcionava em Araçoiaba da Serra, município paulista próximo a Sorocaba. A denúncia foi formalizada pelo núcleo regional da Seab de Jacarezinho, que apreendeu cerca de 400 quilos de fertilizante foliar, que vinha sendo aplicado de forma irregular nos cultivos de morango do Norte Pioneiro do Estado.

Segundo o engenheiro agrônomo Mário Roberto Ferri, da Divisão de Fiscalização de Insumos da Seab, a denúncia é de que havia comércio ambulante ilegal de produtos agropecuários diretamente nas propriedades. "Não foi fácil constatar essa irregularidade porque os agricultores escondem os produtos", disse.


A fábrica clandestina, segundo Ferri, é a Plant Fort Comercial Agroquímica Ltda. Ela não tem registro de funcionamento e mesmo assim vendia seus produtos, que eram largamente usados nos cultivos de morango. Segundo Ferri, quando não se sabe a real composição dos agroquímicos, o risco é duplo tanto para produtores como para consumidores.


Na apreensão feita numa das propriedades do município, Ferri constatou a falta de registro dos produtos junto ao Ministério da Agricultura, o que é proibido por lei, e portanto impróprios para o consumo. O ministério acolheu a denúncia da Seab, investigou em tempo recorde, apreendeu os produtos e embargou o estabelecimento, disse Ferri.


O agrônomo alerta os produtores sobre os riscos de comprar produtos clandestinos, vendidos diretamente nas propriedades porque podem ser nocivos tanto à saúde de quem aplica como para os consumidores. "Os produtores devem comprar agroquímicos somente em empresas credenciadas e fiscalizadas pela Seab para terem certeza da procedência", orientou.

Verri alerta que a compra de agroquímicos de terceiros e que vão à propriedade, na forma de venda ambulante, não dá garantias sobre a eficiência desses produtos nas lavouras e também sobre possíveis implicações junto aos consumidores.


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