Paraná

Exames aprovam água da Sanepar em Curitiba

22 jan 2001 às 18:59

A Secretaria estadual da Saúde e a Sanepar descartaram a possibilidade da água distribuída no Paraná conter produtos químicos cancerígenos. A análise foi baseada em laudo divulgado pelo Centro Integrado de Tecnologia e Educação Profissional da Cidade Industrial de Curitiba, a partir de amostras de água coletadas na última sexta-feira.

Os exames foram realizados após denúncia do deputado Max Rosemann (PSDB) de que a água distribuída pela Sanepar teria excesso de trialometano, conjunto de produtos químicos que podem causar câncer se consumidos em excesso, conforme aponta a denúncia.


O presidente da Sanepar Carlos Afonso Teixeira de Freitas classificou a denúncia como infundada, irresponsável e inverídica e disse que a empresa já está avaliando a possibilidade de entrar com uma medida judicial contra o deputado. "A Sanepar está absolutamente segura da qualidade da água distribuída", garantiu o presidente da empresa.


O deputado federal Max Rosemann questiona as análises realizadas e propõe que sejam feitos exames por outros órgãos, como as universidades, para que possa ser feito comparações. O deputado deve encaminhar hoje ao Ministério Público Estadual pedido para que seja realizado auditoria na Sanepar. "Meu objetivo não é polemizar, mas alertar a população", salientou.


Segundo denúncia do deputado, a Sanepar estaria utilizando excesso de trialometano no tratamento da água, o que estaria colocando em risco a saúde da população. Mesmo realizando laudos mensais que apontam a quantidade dos produtos utilizados, a Sanepar foi convocada pela Vigilância Sanitária, da Secretaria Estadual de Saúde, a fornecer amostras dos principais pontos de distribuição de água. Foram coletadas amostras da estação do Tarumã, Iguaçu e de casas no Jardim das Américas.


Os exames foram feitos em laboratório terceirizado e apontam 0,01 miligramas por litro de clorofórmio, bromofórmio, diclorobromometano e dibromoclorometano (produtos que formam o trialometano). O percentual não ultrapassa o limite permitido pela Portaria 36/90 do Ministério da Saúde (0,1 miligramas por litro), que define os padrões de qualidade da água para consumo.

O secretário de Saúde Armando Raggio explicou que essas amostras definem também a quantidade de cloro utilizada na água e que todos os produtos seguem os padrões determinados pelo Ministério da Saúde. "Se a população está questionando se pode beber água da torneira sem risco, a resposta é positiva", informou.


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