O governo do Estado não tem nenhuma verba específica para aplicar na recuperação da área devastada com a Estrada do Colono, no Parque Nacional do Iguaçu, e nem recursos que possam ser investidos para suprir o prejuízo da população com o fechamento da estrada. "O Estado não pode resolver esse problema", disse ontem o secretário do Meio Ambiente José Andreguetto. "O parque é federal e quem deve assumir é a União."
O secretário estadual do Meio Ambiente disse ainda que por mais que se insista em programas de apoio que possam minimizar o prejuízo da população, não há outro trajeto que possa ser utilizado com a mesma distância da Estrada do Colono. Nesse caso, é preciso encarar a realidade, diz ele, e pensar em ações práticas que beneficie o que foi perdido, sem cogitar a reabertura da estrada. Andreguetto lembra que o fechamento do caminho cumpriu decisão judicial que devia ser respeitada. "E não há nada que se possa fazer contra isso."
Ação da Polícia Federal e do Exército fez cumprir, no último dia 11, decisão da juíza Marga Inge Issler, do Tribunal Regional Federal da 4º Região, em Porto Alegre, de fechar definitivamente a Estrada do Colono. Houve protestos da população, mas a ação policial foi categórica e manteve a interdição, inclusive destruindo alguns trechos, da estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu. O trecho isola cerca de 7,5 quilômetros de mata nativa e, segundo abientalistas, a manutenção da estrada é uma ameaça à integridade e preservação do parque, um dos Patrimônios Naturais da Humanidade.