As obras de conservação e asfaltamento dos 92 quilômetros da Estrada da Ribeira (BR-476) no trecho que liga Adrianópolis a Bocaiúva do Sul (Região Metropolitana de Curitiba) podem ser paralisadas novamente caso os recursos do governo federal destinados para o próximo ano não atingirem entre R$ 15 e R$ 20 milhões.
Esse foi o valor calculado pelo empresário Joel Malucelli, diretor da empresa responsável pela obra. "Com menos recursos não teremos condições de prosseguir por causa do custo administrativo", afirmou.
O valor aprovado pela relatoria do Orçamento, em Brasília, no entanto, está abaixo dos recursos pretendidos pela empreiteira. Apesar da emenda coletiva da bancada paranaense sugerir R$ 40 milhões a obra pode receber R$ 6 milhões, mas Governo Federal iria liberar inicialmente somente R$ 2 milhões.
O deputado federal Luciano Pizzatto (PFL) acredita que esse montante pode aumentar para R$ 10 milhões. "Com os R$ 4,2 milhões investidos nesse ano poderemos concluir a rodovia em três ou quatro anos", disse Pizzatto. Nesse caso o contrato de R$ 29,5 milhões terá uma prorrogação de pelo menos um ano e meio, pois a obra tem previsão para acabar em agosto de 2002.
Desde o início das obras em agosto foram pavimentados três quilômetros e até fevereiro estará concluído o trecho de 12 quilômetros inicialmente previsto. O diretor geral do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens do Paraná, João Alberto Sautchuk, afirmou que os recursos são encaminhados conforme os trechos são concluídos. "Tenho certeza que a obra não terá nenhuma paralisação", disse Sautchuk.
O Conselho para o Desenvolvimento do Vale do Ribeira, criado em 1984 e que reúne autoridades, empresários e lideranças comunitárias fará pressão para que os recursos cheguem. "Esperamos pelo apoio do Governo do Estado e dos deputados para as obras continuarem e voltar o desenvolvimento a essa região", disse o empresário Joião Batista Correra, presidente do Conselho.