A diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Mariese Muchailh, confirma que apenas 0,08% das florestas de araucárias, também chamadas de Floresta Ombrófila Mista, estão em áreas de conservação direta, e 2,5% estão em Unidades de Conservação não públicas.
Na próxima semana, segundo ela, o IAP divulgará a criação de mais duas Unidades de Conservação dentro do bioma das araucárias: nos municípios de Fernandes Pinheiro e Reserva do Iguaçu, ambos na região Centro-Sul, que possuem florestas de araucárias em estágios avançado e médio de sucessão.
Durante a apresentação da pesquisa, o secretário Estadual do Meio Ambiente, José Andreguetto, garantiu que o Estado irá trabalhar junto às Organizações Não-Governamentais (ONGs)para a preservação da espécie. "Os números mostram que temos que nos unir e tomar ações imediatas", disse, lembrando que um passo importante será conseguir a aprovação do projeto do deputado Neivo Beraldin, em tramitação na Assembléia Legislativa. O projeto prevê a proibição do corte de araucárias por um período de dez anos.
As principais ameaças, segundo Castella, são a extração seletiva da madeira, que acaba com a biodiversidade, o fogo causado principalmente pelo manejo de áreas de agricultura, a exploração agropecuária, o crescimento das áreas urbanas, os reflorestamentos e ainda as invasões de terras.